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K996m King, Magia
index do verbete
Ver índices analítico e remissivo ao final.*
B ENTRE DOIS MUNDOS
1 Literatura hermética
1 A Literatura hermética do império romano é a fonte de quase toda magia ocidental moderna. Especialmente o Corpus Hermeti-cum, especialmente sua primeira parte, ‘o divino pimandro’. Qua-se todos os textos são diálogos entre deuses e deusas, e a figura central é quase sempre Hermes Trimegisto (três vezes grande). Esse hermes é o deus grego, associado ao deus egípcio da escritu-ra e da sabedoria e da magia, thoth. O ‘corpus’ foi redescoberto, traduzido e difundido em sucessivas edições a partir de 1463.
2 o divino pimandro
2 (loc. vinc. § 2] No ‘pimandro’ o autor foi arrebatado e contemplou o divino pimandro, obtendo o conhecimento direto de deus e da natureza do universo. Viu uma visão de trevas e luz. Das trevas veio a substância básica que compõe o universo; da luz, o espírito e a razão. Do espírito nasce o Demiurgo, criador do céu e da terra e homem original, cuja residência natural seriam as estrelas. Mas o demiurgo se apaixona pelo seu reflexo nas águas da terra, descende e fica preso ao mundo da natureza terrenal. Desse homem caído descende a humanidade atual, capaz de reascender (libertar-se da matéria e unir-se com deus), porque tem espírito imortal preso num corpo mortal.
3 Gnosticismo:
3 Princípios: a) fraternidade secreta, b) conhecimentos secretos, c) salvação pelo conhecimento, d) crença no dualismo hermético da matéria e do espírito.
4 Teoria das correspondências:
4 Todo fator material do universo é só reflexo de um princípio cósmico correspondente. P.ex.: a rosa é reflexo do princípio cós-mico personificado em vênus. É um dos 4 fundamentos elementa-res da magia.
5 Amuletos.
5 Da teoria das correspondências surgem os amuletos: coisas que correspondiam às qualidades e atributos do princípio cósmico que se pretendia animar (animação de imagens).
C TEURGOS.
6 Protomagos neoplatônicos da antiguidade clássica, que pratica-vam animação de imagens. Teurgia, circa séc. II a.C.. ‘Oráculos caldeus’, livro perdido, coleção de sentenças atribuídas a Zaratus-tra e Juliano. Opunha-se à crença em futuro predestinado. Repro-vava magia mercenária, para ganhar dinheiro.
7 A teurgia, as doutrinas hermética e gnóstica foram influencia-das pela filosofia idealista de Platão (mundo das idéias).
8 Encantamentos bárbaros: palavras de origem desconhecida e dotadas de poder inefável.
9 Competiram com o cristianismo pela supremacia no mundo.
10 Proclo (410-485) foi o último dos grandes teurgos.
6 Astrologia.
11 A partir do séc. xii a astrologia antiga se difundiu no ocidente, e no fim do séc. xiii já era aceita no mundo cristão ocidental. Os antigos deuses reapareciam disfarçados de espíritos planetários, mantendo viva e trazendo para o mundo cristão a mitologia pagã.
D GRIMÓRIOS
12 São supostas receitas eficazes de magia para fins práticos, ou invocação de espíritos. P.ex. para fazer cessar uma briga escreve-se HAON, em caracteres hebreus antigos, na casca de uma maçã, que deve ser lançada entre os contendores. A ‘chave de salomão’ (‘clavicula salomonis’) é o grimório mais difundido. Os magos modernos entendem que os grimórios eram uma tela para desori-entar os que procuravam a magia com propósitos indignos.
7 Invocação de espíritos. Clavicula salomonis
13 (loc. vinc. § 13] O mago preparava suas vestimentas e instrumentos, purificava-se, desenhava no chão uma mandala (vide c990p § 72] para garantir a inviolabilidade de seu corpo, mente e alma, e con-jurava o espírito dentro de um triângulo traçado fora do círculo. Vindo o espírito, o mago tinha de submetê-lo, obrigando-o a servi-lo. Se não conseguisse dominar o espírito, seria despedaçado por ele.
14 Uma interpretação entende que tais invocações não devem ser entendidas literalmente. Os espíritos eram na verdade personifi-cação de princípios cósmicos ou de elementos da própria mente do mago, num sofisticado processo de integração psico-espiritual. Os espíritos dos grimórios eram na verdade fatores elementais componentes da personalidade do próprio mago, como a sexuali-dade, a ânsia de poder, o instinto de sobrevivência, a rivalidade entre irmãos. Dominar tais espíritos seria compreender tais fatores e integrá-los numa personalidade integrada, para obter evolução espiritual completa. Se não dominasse o ‘espírito’ sua personalidade é que seria despedaçada, desintegrada.
8 Abra-Melin. Anjo guardião.
15 ‘A magia sagrada’, atribuída a Abra-Melin, é outro grimório conhecido. Dizia que a maquinaria do cosmos é controlada por demônios que atuam sob a direção de anjos. O homem está em posição intermediária entre eles. A cada humano estão designados um anjo e um demônio. Pelo processo mágico o humano obtinha a conversação com o anjo guardião, e, assim, obtinha controle sobre os demônios manejadores do universo, o que o habilitaria a curar doentes, ressuscitar mortos, voar, encontrar tesouros ocultos.
16 A invocação do anjo exigia um período preparatório de auto-consagração: seis meses retirado do mundo, orando, lendo livros Santoso fim, o mago, acompanhado de um menino (meninos impúberes sempre foram considerados canais entre terra e céu) fazia o ritual num altar com uma bandeja de prata. O anjo só aparecerá ao menino, e escreverá na bandeja uma mensagem simbólica, que só o menino vê, mas só o mago pode decifrar. Depois de sete dias mais, o anjo aparecerá ao mago para ensinar a controlar os espíritos.
17 A magia envolvia os talismãs, quadrados de letras que se podia ler igualmente começando de qualquer dos ângulos.
18 A interpretação moderna diz que o anjo em questão não é uma entidade personificada literalmente, mas uma capa mais profunda do subconsciente, o ego definitivo e autêntico. E a invocação dos demônios considera estes como elementos incontrolados do nosso eu, que devem ser dominados para se alcançar a perfeição espiritual.
E MAGOS ERUDITOS.
9 Magia cristã ou cristianismo mágico
19 No séc. xv buscaram conciliar o ‘corpus’ com a bíblia através da cabala, sistema místico judaico para interpretar significados ocultos na lei mediante técnicas de numerologia e permutação de letras.
20 Doutrina cabalista das emanações da divindade. Relacionada com um esquema simbólico chamado árvore da vida. Vide fig. (p. 106 e p. 109].
21 (loc. vinc. § 21] Os magos eruditos criaram uma espécie de magia cris-tã, ou cristianismo hermético, misturando a os deuses pagãos in-terpretados segundo o ‘corpus’, a bíblia, a cabala e o misticismo cristão. Citavam santo agostinho: ‘o que agora chamamos religião cristã existia na antiguidade e pertenceu à raça humana desde as suas origens’ (p. 14]. Os reis magos seriam os primeiros apóstolos, e a verdade da magia estaria no fato de terem sido os primeiros a reconhecerem o cristo antes que ele se revelasse.
22 Thomas Vaugham. Cornélio agripa (1486-1535). John Dee. Pico della Mirandola.
10 Magia enoquiana
23 Desenvolvida por Dee antes de ser desmascarado, e redesco-berta no séc. xix. Disse ter recebido dos anjos a linguagem eno-quiana, supostamente uma forma degenerada do idioma da atlân-tida, ou talvez derivada inconscientemente do inglês.
24 Doutor rudd. Theosophical philadelphia society.
11 Rosacruz
25 Christian Rosycroiss ou Rosenkreuz. Fraternidade Rosacruz. Rosa-crucianismo. Folhetos anônimos de 1614. fama fraternitatis (1614] e confessio (1616]. Nobre do séc. xv viajou ao oriente em busca de conhecimentos. Damcar, Arábia. Traduziu um livro chamado ‘M’. Fundou a fraternidade. Parece que morreu em cir-cunstâncias desconhecidas e seu corpo sumiu. Depois de 120 anos foi achado intacto numa cripta cheia de itens místicos. Para alguns a lenda representa uma alegoria do renascimento espiritual, uma ‘verdade psíquica’.
F RESSURGIMENTO ROMÂNTICO
26 Sec. Xvii. Saint-Germain. Cagliostro. Suposto vampirismo na hungria. Horace walpole. Francis Barret, livro ‘O Mago’.
12 Eliphas Lévi
27 (1810-1875). ‘Dogme et rituel de la haute magie’. Três leis ou doutrinas fundamentais constituem a base da magia e de todo ocultismo.
12.a Lei de correspondência
28 O homem é um microcosmo, um universo em miniatura, que corresponde ponto por ponto ao universo total (macrocosmo). Cada parte do corpo corresponde a alguma parte do cosmo.
12.b Dogma da vontade.
29 A vontade humana é uma força tão real como a do vapor ou da corrente galvânica, capaz de controlar qualquer coisa. Ver Poe, ‘a verdade sobre o caso do senhor valdemar’.
12.c A luz astral
30 Termo tomado de Paracelso e de certa forma de Mesmer (flui-do imponderável). A luz astral é invisível e carece de forma, mas impregna a natureza. Pode ser modelada em forma visível. Pode ser relacionada com a ‘energia orgônica’ de que fala Reich.
G A GUERRA DAS ROSAS
31 Marquês Stanislas de Guaita (1861-1897). Fundou uma fraterni-dade ‘salão rosa-cruz’ em 1888. Narcóticos para afrouxar as atadu-ras da alma. Entrou em conflito com a ‘ordem católica rosa-cruz do templo e do graal’ de seu ex-discípulo Josephin Zar Peladam, fundada em 1890.
32 Os rosa-cruzes católicos de Peladam consideravam Wagner ‘um homem com alma de mago nato’ e adoravam suas composições.
33 Guaita e seus seguidores se envolveram numa guerra mágica, com ameaças de morte, com Boullam e sua ‘obra de misericórdia’ ou ‘igreja do carmo’. Trocaram acusações mútuas de satanismo e crimes de toda ordem.
H KENNETH MACKENZIE
34 Discípulo inglês de Lévi, fundou em 1887 a ordem ‘golden dawn’. Responsável pelo moderno ressurgimento da magia. ‘Per-gaminhos voadores’. Tentou conciliar a mitologia do egito com a magia enoquiana de dee. Influenciou o peta Yeats, e o mago Aleister Crowley (morto em 1947)
35 Aos três princípios de Lévi acrescentou um quarto o da imagi-nação mágica, porque sem a imaginação a vontade não seria efi-caz.
36 Os tópicos sobre cerimônias de iniciação, armas elementais, va-ra de lótus, rosa-cruz e tattwas foram extraídos da parte do livro que fala de Mackenzie.
I ALEISTER CROWLEY
37 Criou a astrum argentinum (estrela de prata), ordem que culti-vava um ocultismo eclético que chamou de magick com combina-ção de quatro componentes. O primeiro era a magia do golden dawn. O segundo foi a ioga e outras práticas chinesas e indianas. O terceiro a magia sexual da ordem dos templários orientais, que pretendia transformar o orgasmo numa experiência sobrenatural. O quarto era a lei de thelema, uma religição baseada no livro da lei, que crowley disse ter psicografado de um espírito chamado aiwass.
38 O livro da lei denunciava budismo, cristianismo e islamismo como religiões de deuses escravistas. Todo homem e toda mulher é uma estrela. Faça o que tu quiseres, essa é toda a lei.
J BRUXARIA MODERNA
39 Gerald Gardner. Livro das sombras. Afirma que sua fé é a anti-ga religião da idade da pedra, resíduo de um antigo culto da ferti-lidade. Sincretismo. aceitação da incorporação de todas as espé-cies de magia ou ocultismo e até da idéias de Reich.
K SÍMBOLOS, MITOS, TALISMÃS, PALAVRAS
13 Sete fontes do conhecimento humano
40 Profecia, geomancia, ars Memória, genethialogia (?], physiog-nomia (estudo da fisionomia (?]), chiromantia (leitura de mãos), pyramidum scientia (p. 35].
14 Olho de rá
41 Os teurgos tinham a capacidade de pensar em egípcio, compre-endendo intuitivamente as realidades cósmicas ocultas atrás da tosca simbologia da religião egípcia. O olho de Rá não era o sol material, mas o sol que existe atrás do sol.
15 Simão, o mago
42 Teria sido fundador de uma das primeiras seitas gnósticas. Os cristãos ortodoxos o combatiam, acusavam-no de usar magia ne-gra para invocar demônios e voar. A magia branca de são pedro o teria vencido, derrotando os demônios que lhe sustentavam o vôo, causando a queda e morte de simão (p. 38].
16 Merlim
43 Figura arquetípica. Lendas arturianas. Representa a religião pa-gã que se contrapõe ao cristianismo místico de galahad, percival e outros integrantes da távola redonda.
17 Sistema da trindade de números divinos
44 De Robert Fludd. Doutrina teúrgica das correspondências. Doutrina mitriática das sucessivas esferas planetárias.
45 Partindo da terra, nove círculos dos céus elementares, corres-pondendo a 9 regiões elementares: pura terra, regio mineralis, re-gio vegetabilis, aqua dulcis, aqua salsa, infima aeris regio, media aeris regio, suprema aeris regio, ignis. Depois nove céus etéreos, referentes às 9 orbes celestes: luna, mercurius, venus, sol, mars, jupiter, saturnus, coelum stellatum, primum mobile. Depois, 9 coelum empyryum ou empyreum (?], referentes a 9 ordines angelorum: angeli, archangeli, virtutes, potestates, dominationes, throni, cherubin, seraphin (p. 50].
46 Verificar em dante, divina comédia.
18 Anjos, planetas e dias da semana
47 Domingo, sol, miguel. Segunda, lua, gabriel. Terça, ?, camael. Quarta, mercúrio (?], rafael. Quinta, (?], sachiel. Sexta, (?], anael. Sábado, saturno, cassiel (p. 53]. Na verdade tais nomes seriam de espíritos subordinados ao anjo de cada planeta.
19 Árvore da ciência do bem e do mal
48 Tem sua raiz direita no ‘céu’ (a consciência superior) e a es-querda no ‘inferno’ (o subconsciente) (p. 54].
20 Hyeronimus Bosch, ou O Bosco
49 1450-1516. Jardim das delícias. Um dos artistas com capacidade de captar diretamente as realidades do mundo astral. Ou, em termos ‘modernos’, capacidade de retratar os níveis mais profun-dos do inconsciente (p. 57].
21 O crânio ou caveira
50 Representa, por analogia psicológica, a matéria morta que o mago pretende animar com os poderes do espírito, e também a realidade humana definitiva, oculta pela personalidade mutante criada pela psique (p. 59].
22 Jacim e Boaz
51 São as colunas do templo de salomão. Ilustram o conceito má-gico de polaridade. Jacim, à esquerda, é o sol, simboliza fogo e a . Boaz, à direita, é a lua, representa água e terra (p. 70].
23 Polaridade dinâmica
52 A polaridade não deve permanecer estática, mas deve ser di-nâmica. Os pares de contrários devem se unir para originar uma nova polaridade num plano superior. A conjunção equivale à uni-ão de sujeito e objeto, céu e inferno. Calcinação, sublimação, so-lução, putrefação, destilação, coagulação e ‘tinctur’ (?] (p. 71].
24 Belzebu
53 Belzebu, o senhor das moscas, um dos governantes do inferno segundo as demonologias cristã e muçulmana. Encarnação tardia de um antigo deus do mediterrâneo oriental. Para os magos sem-pre foi um dos condutores cósmicos, um princípio cujas desagra-dáveis funções são tão importantes para o homem equilibrado quanto a de divindades mais aceitas (p. 78].
25 Símbolos dos planetas
54 (p. 105].
26 Cerimônias de iniciação
55 que constituíam uma dramatização de morte e ressurreição simbólica do candidato, que devia, depois, construir suas ‘armas elementais’ (um copo para água, uma adaga para o ar, um disco para a terra, uma vara para o fogo) e insígnias mágicas (uma es-pada para a energia de marte, uma vara de lótus para invocações e aparições, e uma rosa-cruz para levar no peito).
27 As armas elementais
56 Representavam o controle sobre os fatores elementais da pró-pria personalidade psico-espiritual. Depois de dominar a visão ta-ttwa o mago tinha de consagrar suas armas. A consagração consis-tia numa infusão consciente do espírito vivo na matéria inerte. Um talismã é uma figura mágica carregada com a força que pre-tende representar.
57 Recorrente a idéia de que a força ou poder dos elementos, ou suas propriedades, podem ser incorporados em acumuladores ma-teriais, como os talismãs ou os monumentos megalíticos de sto-nehenge.
28 A vara de lótus
58 é versão moderna da vara de poder dos papiros do ‘livro dos mortos’, mas Mathers a atualizou acrescentando um simbolismo astrológico, dividindo-a em 14 segmentos que representavam a matéria, o espírito e os 12 signos.
29 A rosa-cruz
59 Vide figura p. 110.
60 Tinha 22 pétalas de cores diferentes, cada uma correspondendo a um dos atos de thoth — os arcanos maiores do tarô — e uma das letras do alfabeto hebreu. A flor vinha no centro de uma cruz pintada com as cores dos quatro elementos, cercada de outros símbolos mágicos.
61 A rosa-cruz (p. 110] e demais insígnias seriam portas astrais pa-ra o subsconsciente e para o inconsciente coletivo, que os alqui-mistas conheciam por anima mundi, a alma do mundo.
30 Tattwas
62 Figuras geométricas usadas por escolas tântricas indianas para simbolizar os elementos terra (prithivi, um quadrado amarelo), fogo (tejas, um triângulo eqüilátero vermelho), ar (vayu, um círculo verde-azulado), água (apas, uma meia lua prateada em posição horizontal e akasa (o espírito, mas pode também ser a luz astral, um óvalo violeta escuro). Desses cinco tattwas-mães surgem vinte tattwas secundários (cada um dos tattwas-mãe combinado com cada um dos outros tattwas-mãe), resultando em vinte e cinco cartas, que eram depois usadas para experimentos de ‘visão astral’ (alucinação controlada psicologicamente significativa).
63 Vide figura (p. 80].
31 Cura de doenças. Júpiter.
64 Para curar doença o talismã deve invocar o deus júpiter (zeus). Tem de ser de estanho (metal de júpiter), ou pergaminho tingido de ametista (a cor dele). Deve ser cortado em forma de disco (o círculo, pelo seu caráter universal, é uma forma adequada para qualquer talismã) ou de quadrado, porque 4 é o número de júpi-ter. Feito isso, tem-se uma representação simbólica da força cós-mica representada por júpiter, mas ainda não há talismã: falta consagra-lo, isto é, carrega-lo. Era preciso, num ritual, usar a ima-ginação criativa para fazer a energia de júpiter, através da luz as-tral, e introduzi-la no talismã.
32 Valor, coragem, lealdade. Marte.
65 Para obter as virtudes marcianas de valor, coragem, lealdade, invoca-se marte. A cerimônia,com base na lei das correspondên-cias, deve ser realizada com objetos que correspondam a marte, cujo número é cinco: usa-se uma estrela de cinco pontas, e cinco velas no altar. A arma mágica de marte é a espada, logo os penta-gramas são desenhados a espada. A roupa é vermelho — cor de marte, e o mago usa anel de rubi. Os incensos são de aromas rela-cionados a marte, como pimenta ou tabaco.
33 Cristaloscopia
66 Emprego de cristal, espelho negro, pedra preciosa ou recipiente com água para prática da auto-hipnose (p. 74].
34 Vênus
67 Correspondiam-lhe: as rosas, as pombas, o número 7.
35 Sefiroth
68 Dez emanações divinas. Malkuth, yesod, netzacheque, hod, ti-phareth, geburah, chesed, chokmah, binah, kether. Vide a árvore da vida (figura na p. 106].
36 Letras e números.
69 Em hebraico, como em grego, cada letra do alfabeto representa também um número.
37 Pelicano.
70 Símbolo da maçonaria. Segundo a lenda, a ave alimenta as crias com seu próprio sangue (p. 112].
L FRASES
71 santo agostinho: ‘o que agora chamamos religião cristã existia na antiguidade e pertenceu à raça humana desde as suas origens’ (p. 14].
M MISCELÂNEA.
72 Verdadeiro objetivo de toda atividade mágica: elevação da consciência a um outro nível.
N MEUS COMENTÁRIOS.
73 Parece que o homem ensaiou só três caminhos para buscar o encontro, ou reconciliação, com o divino: a fé, os atos e o conhecimento espiritual (magia). Este último é o caminho dos gnósticos.
74 Parece que todo o discurso visto neste texto que busca relacio-nar as experiências místicas e ocultistas com a linguagem e os conceitos da psicanálise repete, segundo os padrões modernos, a tentativa de legitimação dos ocultistas antigos, que buscavam na bíblia e no catolicismo coincidências e apoios para suas idéias.
O ÍNDICE REMISSIVO
A magia sagrada 8
Abra-Melin 8
água 18, 19, 21, 22
aiwass 14
akasa 21
Aleister Crowley 13
alfabeto hebreu 20
anima mundi 20
anjo guardião 8
anjos 8, 10
Anjos 16
apas 21
ar 19, 20
armas elementais 13, 19
Árvore da ciência do bem e do mal 17
árvore da vida 9, 23
astrologia 6
Astrologia 6
astrum argentinum 13
atlântida 10
autoconsagração 8
auto-hipnose 22
Belzebu 18
Boaz 17
Boullam 12
cabala 9, 10
Cagliostro 11
caveira 17
chave de salomão 7
círculo 7, 21
clavicula salomonis 7
consagração 19
coragem 22
Corpus Hermeticum 4
crânio 17
Cristaloscopia 22
cristo 10
Cura 21
demiurgo 4
Demiurgo 4
demônios 8, 9, 15
deus grego 4
dias da semana 16
dualismo hermético 5
Eliphas Lévi 11
energia orgônica 12
esferas planetárias 16
espada 19, 22
fogo 17, 19, 20
Francis Barret 11
Fraternidade Rosacruz 10
galahad 15
geomancia 14
Gerald Gardner 14
Gnosticismo 5
golden dawn 13
Grimórios 6
HAON 6
hermes 4
Hermes Trimegisto 4
Hyeronimus Bosch 17
inconsciente coletivo 20
inferno 17, 18
insígnias mágicas 19
ioga 13
Jacim 17
Juliano 6
júpiter 21
Júpiter 21
Kenneth Mackenzie 13
Lei de correspondência 11
lei de thelema 13
livro da lei 14
Livro das sombras 14
livro dos mortos 20
lua 16, 18, 21
luz astral 12, 21
maçonaria 23
magia sexual 13
magick 13
mandala 7
marte 19, 22
Marte 22
Merlim 15
Mesmer 12
mitologia do egito 13
Narcóticos 12
O Bosco 17
olho de Rá 15
Olho de rá 15
Oráculos caldeus 5
ordem dos templários orientais 13
Paracelso 12
Peladam 12
Pelicano 23
percival 15
pimandro 4
planetas 16
Platão 6
Poe 12
Polaridade dinâmica 18
prithivi 20
Proclo 6
Reich 12, 14
religião egípcia 15
Robert Fludd 16
rosa 5, 12, 13, 19, 20
Rosa-crucianismo 10
rosa-cruz 12, 13, 19, 20
Rosacruz 10
Rosenkreuz 10
Rosycroiss 10
rubi 22
Saint-Germain 11
salomão 17
santo agostinho 10, 23
são pedro 15
Sefiroth 23
sexualidade 7
Simão, o mago 15
Símbolos dos planetas 18
sol 15, 16, 17
Stanislas de Guaita 12
stonehenge 19
subconsciente 9, 17
subsconsciente 20
talismã 19, 21
tarô 20
tattwas 13, 21
Tattwas 20
távola redonda 15
tejas 20
teoria das correspondências 5
terra 4, 8, 16, 18, 19, 20
Teurgia 5
Teurgos 5
trindade de números divinos 16
vara de lótus 13, 19, 20
vayu 20
vênus 5
Vênus 22
vermelho 20, 22
visão astral 21
visão tattwa 19
Wagner 12
Yeats 13
Zaratustra 6
zeus 21
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
INI | ROL | IGC | DSÍ | FDL | NAR | RAO | IRE | GLO | MIT | MET | PHI | PSI | ART | HIS | ???